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Tenho hipotireoidismo e fiquei grávida. E agora? Voltar

08 de julho de 2020
A gestação envolve diversas mudanças no organismo feminino, entre elas a produção hormonal da tireoide. 

Na gestação, há um aumento fisiológico da produção dos hormônios tireoidianos, T3 e T4, que desempenham um papel importante na formação neurológica do bebê. Dessa forma, devemos ter atenção com o valor de referência desses hormônios que serão 1,5 vezes superior ao das não gestantes, com consequente queda leve de TSH.

E quando a gestante tem hipotireoidismo?
Aí vem a necessidade de ATENÇÃO. A presença de hipotireoidismo impede esse aumento normal da produção de T3 e T4, podendo ocasionar diversos problemas maternos e fetais, como déficit neurológico, retardo mental, dificuldade de aprendizado, desconforto respiratório, abortamento, pressão alta.

O que fazer?
É importante determinar a presença de hipotireoidismo clínico ou subclínico idealmente antes da gravidez e iniciar tratamento. Já pacientes previamente diagnosticadas requerem sempre ajuste de dose. 

O tratamento é feito com levotiroxina, que repõe o hormônio em falta, e a dose deve ser ajustada periodicamente de acordo com exames. Vale ressaltar que a levotiroxina não causa nenhum mal ao bebê e não atrapalha amamentação. 

Pretende engravidar? Está grávida? Marque uma consulta. Quanto mais cedo for o diagnóstico e tratamento, menor o risco de complicações.
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